Você sabe o que significa PFF e qual tipo de filtro deve ser usado para cada atividade? E sobre limpeza e manutenção do equipamento? Veja estas e outras informações em mais um artigo técnico que a Ferramentas Gerais desenvolveu para você.
A Proteção Respiratória é essencial para muitos profissionais, como por exemplo, pintores, serralheiros, médicos e soldadores. São tantas opções e variações que acabam confundindo o usuário na hora da compra, podendo gerar dúvidas, dificultando sua escolha, ou pior, a compra de um Equipamento de Proteção Individual não adequado para a atividade em que atua.
Neste artigo iremos falar sobre as Máscaras de Proteção Respiratória: como são classificados os filtros e suas aplicações, tipos de contaminantes, maneiras corretas para limpeza e manutenção do equipamento. Boa leitura
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Equipamento utilizado para a proteção do sistema respiratório nas atividades e nos locais que apresentam concentrações de poeiras (serragem, mármore), névoas (dedetização) fumos (processos de solda, incêndio), vapores ácidos e orgânicos (produtos químicos, solventes, tintas), vírus e bactérias (ambiente hospitalar).
Em casos de incêndios florestais, situações com alta poluição do ar, surtos de doenças transmitidas pelo ar, entre outros, as empresas podem precisar fornecer respiradores a trabalhadores que, normalmente, não têm a necessidade de proteção respiratória. Os exemplos incluem trabalhadores cujas atividades os mantêm ao ar livre durante situações com alta poluição do ar ou trabalhadores com exposição prolongada ou frequente a grandes grupos de pessoas durante surtos de doenças.
Nesses casos, quando a proteção respiratória é necessária, os órgãos de saúde recomendam o uso de respiradores como N95 ou PFF2, os quais são equivalentes e indicados para tal aplicação.
Quando utilizados corretamente, os respiradores podem ajudar a reduzir a exposição dos usuários a contaminantes, tais como poeira, névoas e fumos – incluindo partículas tão pequenas que não podem ser vistas.
Os respiradores são peças filtrantes e são projetados para proporcionar um ajuste eficiente a face do usuário, para que o ar passe pelo filtro (ao invés de passar pelas bordas) antes de ser inalado.
Para garantir este ajuste é necessário que se faça um teste de vedação em cada usuário.
Uma escolha comum são os respiradores tipo Peça Facial Filtrante (PFF). Vamos conhecê-los?
CLASSIFICAÇÃO DOS FILTROS
Os filtros possuem as seguintes classificações e a seleção adequada dependerá da concentração do contaminante presente no ambiente de trabalho: P1, P2 e P3, PFF1, PFF2 e PFF3 (PFF: Peça Facial Filtrante).
P1, P2 ou P3: utilizados em respiradores com manutenção onde é admissível a troca do filtro. Os cartuchos e filtros são conectados à peça facial e devem ser substituídos mediante saturação (entupimento), que dependerá do contaminante presente, concentração, frequência respiratória do usuário ou conforme indicações do fabricante. Necessitam de higienização diária e limpeza na peça facial.
PFF1, PFF2 ou PFF3: são respiradores sem manutenção e descartáveis. Neste caso, a própria peça facial é filtrante. Deve ser trocado sempre que houver algum dano (rasgado, perfurado), estiver entupido ou muito sujo (usuário consegue perceber o cheiro ou gosto do contaminante).
Muitos possuem uma válvula de exalação que facilita a respiração do usuário e torna o uso mais confortável e também contribui para maior vida útil do respirador.
De acordo com recomendações presentes no PPR (Programa de Proteção Respiratória) da FUNDACENTRO, as classificações dos filtros são recomendadas para os seguintes contaminantes:
PFF1 e P1: proteção contra poeiras, névoas e partículas não tóxicas (penetração máx. através do filtro de 20%).
PFF2 e P2: proteção contra partículas finas, fumos e névoas tóxicas (penetração máx. através do filtro de 6%). Também utilizado para serviços na área da saúde para proteção contra vírus, bactérias e baixas concentrações de vapores orgânicos.
PFF3 e P3: proteção contra partículas tóxicas finíssimas e radionuclídeos (penetração máx. através do filtro de 0,1%).
OS CONTAMINANTES
Poeira: são formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar. As poeiras são os contaminantes mais comuns presentes nos ambientes de trabalho.
Névoa e neblina: constituídas por particulados líquidos na forma de gotículas em suspensão na atmosfera. A diferença entre elas é que a névoa é gerada por processo mecânico, como ruptura física de um líquido durante processos de pulverização, nebulização ou borbulhamento. Já a neblina é o produto da condensação na atmosfera de pequenas partículas líquidas provenientes de um líquido previamente volatilizado por processo térmico.
Fumo ou Fumaça: ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e se resfria rapidamente, criando partículas muito finas que ficam suspensas no ar.
CUIDADOS E MANUTENÇÃO
Para proporcionar proteção total ao usuário, o Protetor Respiratório deve estar em perfeitas condições de funcionamento, ou seja, ter componentes em bom estado e limpos.
- Verifique o perfeito funcionamento do seu respirador;
- Observe a condição da peça facial, correias, válvulas, traqueias ou tubos de conexão, filtros, entre outros;
- Certifique-se de que todas as partes estejam em perfeitas condições;
- Não deixe o respirador em lugares sujos. Se precisar manuseá-lo com as mãos sujas, pegue-o pela parte externa;
- A limpeza deve ser feita após a desmontagem parcial do respirador, lavando-o com água morna, sabão neutro e com auxílio de uma escova de cerdas não metálicas. Deixar secar na sombra. Devido à grande variedade de materiais utilizados, convém seguir as recomendações do fabricante.
- Não utilize álcool ou solventes para retirar manchas, pois eles extraem os plastificantes que contribuem para a maciez da peça facial;
- Quando não estiver utilizando o respirador, guarde-o em uma embalagem plástica e coloque-o em um lugar apropriado. Peças faciais e outras partes podem se deformar permanentemente se forem amassadas durante o tempo de armazenagem, inutilizando o equipamento;
- Se sentir dificuldade na respiração, cheiro ou gosto do produto com o qual está trabalhando, talvez esteja na hora de trocar o respirador por um novo, no caso de respiradores sem manutenção, ou substituí-lo por um respirador com filtro (com manutenção);
- No caso do P1, P2 ou P3, inspecione o equipamento antes de cada uso, após limpá-lo, e não esqueça: os cilindros de ar comprimido devem estar sempre com carga total.
Gostou do nosso artigo? Acha que faltou alguma informação? Compartilhe seu conhecimento com a gente deixando seu comentário e/ou dúvidas abaixo. A melhor forma de compartilhar conhecimento e experiências é através da colaboração de nossos leitores.
Quer continuar a visita em nosso Blog? Que tal aprender técnicas de faça você mesmo para pintura de paredes, acesse aqui e mãos a obra!